sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

FUNDIÇÃO POR CERA PERDIDA

Como tudo come�ou Voltando muito na hist�ria do homem, podemos relembrar que os primeiros metais usados foram aqueles que se encontravam em formas naturais puras, como as pepitas de ouro de aluvi�o. � certo que um dos primeiros metais utilizados como pe�a de adorno foi o ouro. Por volta de 5.500 a.C. teve in�cio a metalurgia do cobre. O processo da metalurgia envolve t�cnicas que foram sendo descobertas lentamente, com o ac�mulo de experi�ncias, baseadas em erros e acertos.Na arte de trabalhar o metal, a t�cnica mais antiga de que se tem conhecimento � a forja a frio (martelagem), posteriormente veio a fundi��o, sendo a do cobre a mais importante. A origem da fundi��o por cera perdida se d� quando o homem molda argila, imprimindo nela uma forma volumosa, que pode ser a ponta de uma lan�a ou um machado. Essa argila � queimada e depois de endurecida servir� de molde para que se deposite o metal l�quido incandescente. Esse era um m�todo adequado para pe�as grandes e pesadas, sem detalhes ou precis�o. No entanto, o homem quis seguir al�m de suas descobertas e poder gerar objetos mais refinados, de linhas mais finas e delicadas. Come�ou ent�o o processo realmente dito de fundi��o por cera perdida. Pe�as eram esculpidas em cera de abelha e inseridas no barro que era posto para secar. Deixava-se uma abertura para que a cera pudesse escorrer quando a argila se aquecia. Depois, o metal l�quido era injetado para dentro desse molde. Quando frio, o barro era quebrado e surgia ent�o o objeto de metal. A �poca do surgimento dessa t�cnica � incerta, no entanto, objetos encontrados na tumba de Tutankamon foram produzidos por esse m�todo. A t�cnica da Fundi��o por Cera Perdida consiste basicamente: • Uma pe�a esculpida ou reproduzida em cera � agrupada no que chamamos "�rvore", ou seja, um bast�o central de cera (caule) ao qual se unem todas as pe�as, fixadas por meio de um gito (tronco). • Essa "�rvore" ser� colocada num recipiente e preenchido com gesso. • O gesso � endurecido e levado ao forno em alta temperatura. A cera derretida escorre para fora do gesso e t�m-se um molde interno das pe�as. Atualmente tem sido utilizada a fundi��o a v�cuo, onde a cera � tamb�m absorvida pelas paredes laterais do gesso. • O metal l�quido � injetado para dentro desse molde e o gesso � dissolvido em �gua. • Surgem as pe�as de metal. Uma pe�a piloto em metal pode ser reproduzida em quantidades ilimitadas utilizando-se a borracha vulcanizada. Um ourives produz a pe�a que ser� utilizada para fazer um molde de borracha. Essa borracha ser� vulcanizada para que endure�a. A pe�a em metal � retirada e pode-se injetar a cera nesse molde. Como resultado teremos a pe�a id�ntica em cera. Essa pe�a ser� reproduzida em diversas outras que ser�o ent�o montadas na �rvore para fundi��o. Esse � um dos processos mais utilizados nos dias de hoje para se confeccionar modelos na ind�stria joalheira americana e europ�ia. Essa t�cnica permite a cria��o de v�rias pe�as id�nticas (usando a reprodu��o por borracha vulcanizada) num curto per�odo de tempo e custo muito inferior ao da produ��o artesanal. N�o existe perda em ouro. Os modelos ser�o melhor trabalhados em seu formato, design, movimento. As limita��es ser�o reduzidas no que se refere a dobras, soldas e outras dificuldades existentes na ourivesaria tradicional. Um erro cometido na cera pode ser facilmente corrigido apenas derretendo um pouco do material sobre o modelo. A j�ia final n�o possui uma solda sequer, salvo as exce��es como os pinos dos brincos.

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