segunda-feira, 18 de julho de 2011

Queloide



Queloide

Um queloide AO 1990 é um caso especial de cicatriz. São lesões fibroelásticas, avermelhadas, escuras, rosadas e as vezes brilhantes, com formato de corcova. Podem ocorrer na cicatrização de qualquer lesão da pele e até mesmo espontaneamente. Geralmente crescem, e apesar de inofensivas, não contagiosas e indolores, as lesões podem se tornar um problema estético importante.

Ocorrência

Queloides são formados dentro dos tecidos. O colágeno, que é usado no tratamento de feridas tende a deixar a área da cicatriz muito maior, muitas vezes produzindo uma protuberância maior do que a cicatriz original.

Embora comumente estejam em locais de lesão prévia (acidental ou cirúrgica) os quelóides podem ocorrer espontaneamente. Podem ocorrer no local de um piercing, nas orelhas, sobrancelhas, tronco e outros locais. Também podem ocorrer em lesões da pele provocadas por doenças, como varicela (catapora) ou acne, assim como em lesões repetitivas por roupas, abrasões e infecções.

O queloide não regride, e quando excisado (retirado cirurgicamente) tende a recorrer. Ocorre igualmente em ambos sexos embora seja relatado incidência maior, dentre os jovens, nas do sexo feminino, provavelmente refletindo uma maior frequência do uso de brincos.

Indivíduos negros tem cinquenta vezes mais queloides que os de outras etnias em geral.

A cicatriz hipertrófica é diferente do queloide. A malha de compressão (em casos de queimaduras) ajuda a não formar a cicatriz hipertrófica e o queloide.A cicatriz hipertrófica é um desordenamento das fibras de colágeno, e o queloide é uma produção exagerada de fibras de colágeno. Já existem pomadas que "amolecem" o queloide e depois o cirurgião corta o mesmo.

Tratamentos

* Cirurgia — Cirurgia requer grandes cuidados pré e pós operatórios. Alguns queloides que recidivam após a excisão podem ser de dimensões superiores aos originais, existindo cerca de 45% de probabilidade de recurrência após cirurgia. Contudo, queloides são menos propensos a recidivar se a remoção cirúrgica for combinada com outros tratamentos. A remoção cirúrgica ou por laser pode ser seguida de injecção intra-lesional com corticoide de forma a tentar evitar a recorrência. A sutura da pele inclui técnicas como a plastia em V e em W como tentativas de reduzir a tensão da pele, as quais reduzem a incidência da recurrência destas lesões após excisão.

* Pensos — Pensos húmidos executados em gel de silicone ou folhas de silástico foram testados com sucesso como forma de reduzir a proeminência dos queloides ao longo do tempo. Este tipo de tratamentos não só é seguro como indolor.

* Corticoides injetáveis — Corticoides injectáveis são principalmente utilizados quando a cicatriz começa a espessar ou se o doente é já um conhecido formador de queloide. Séries de injecções com acetonato de triancinolona ou outro corticosteroide podem reduzir o tamanho do queloide, embora as injecções possam ser desconfortáveis.

* Compressão — Ligaduras de compressão aplicadas no local durante vários meses, por vezes até 12 meses, provocam redução das dimensões da lesão. Funcionam melhor quando utilizadas como prevenção de novas lesões.

* Criocirurgia — Criocirurgia é um excelente tratamento para queloides pequenos e que ocorrem em pele levemente pigmentada. É freqüentemente combinada com injeções mensais de cortisona. O uso da crioterapia é limitada já que causa despigmentação da pele. A pele é congelada e ocorre redução da circulação subjacente. Seu efeito, na verdade, é uma queimadura local por congelação. Descasca superficialmente a pele.

* Radioterapia — Pode ser usada, mas freqüentemente não vai fundo o suficicente para afetar órgãos internos. Radiação ortovoltaica é mais penetrante e levemente mais eficaz. Não se conhecem provas de que possa causar qualquer forma de câncer após muitos anos de uso, mas é muito cara. Tratamentos com radiação podem reduzir a formação de uma cicatriz se for usada logo após a cirurgia, durante o tempo em que a ferida cirúrgica está se curando.

* Terapia a laser — É uma alternativa à cirurgia convencional para remoção de queloides. Lasers podem descascar bem a pele superficialmente mas freqüentemente não reduzem a massa de queloide. O uso de dye-tuned lasers não tem mostrado melhores resultados do que o laser frio.

* Novos tratamentos — O uso de drogas para tratar doenças autoimunes ou cânceres tem se mostrado promissores. Isso inclui interferon-alfa, 5-fluoruracil e bleomicina. É necessário estudos e avaliações complementares antes do uso generalizado.

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